Dispensação de antidepressivos em drogarias de uma capital brasileira, durante a pandemia do novo coronavírus

Dispensing of antidepressants in drugstores in a Brazilian capital, during the new coronavirus pandemic

Resumo

Desde os primeiros casos de coronavirus no Brasil, o medo e a incerteza acerca dessa nova doença causaram grandes impactos à saúde mental da população, fazendo com que buscassem, cada vez mais, tratamentos farmacológicos, como por exemplo, o uso de antidepressivos. Este estudo teve como objetivo avaliar a dispensação de antidepressivos em drogarias do município de Salvador-Ba durante a pandemia do novo coronavirus. A pesquisa documental foi desenvolvida a partir da coleta de dados secundários na plataforma online do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, na qual, foram obtidos os dados de vendas de antidepressivos, tais como, principios ativos e suas respectivas quantidades de caixa/frasco dispensados nos anos de 2019 à 2021, a partir de uma análise descritiva. Foram obtidos os dados de vendas dos antidepressivos nos anos de 2019 com 584.552 dispensações, de 2020 com 617.315, e de 2021 de janeiro a julho deste ano, uma dispensação de 410.115 antidepressivos. Diante disto, uma média desses três anos, os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina representou 53,40% das dispensações, seguido dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina com 18,78%, os antidepressivos tricíclicos com 15,90%, enquanto os Atípicos com 11,78% e os Inibidores da Enzima Monoamino-Oxidase com 0,14%. O Escitalopram foi o fármaco mais dispensado durante os três anos, seguidos da Fluoxetina e Amitriptilina. Conclui-se que houve um aumento significativo no consumo dos antidepressivos no período estudado, porém, vários fatores contribuiram para esse aumento, principalmente aqueles relacionados a saúde mental da população agravada pela pandemia do novo coronavírus.

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